quarta-feira, 7 de março de 2012

Diário de lembranças Parte 2
Uma casa na árvore
Eramos uma família de seis crianças, que ficaram sem o terreiro, sim morávamos em um casarão antigo, cheio de pés de frutas lá no alto do matozinhos, isto mesmo matozinhos! Quando seu Jarbas pediu a casa que correria o papai foi fazer em tempo recorde uma moradia, um apê, em cima da igreja ( Nosso pai é pastor), e lá sem espaço pra brincar nossa imaginação foi nosso parque de diversão, como inventamos! Minha irmã Juju parecia uma moderna engenheira, pois nos anos 80, já tinha um projeto pra lá de ecológico, uma casa na arvore que ela construiu, com a ajuda de seus peões de obra, sim, eu e meus outros irmãos fazíamos tudo que a mestre Ju mandava e sobrava até pra molecada da igreja, mais num apartamento casa da arvore? Você deve estar achando que é uma loucura, mais acontece que no terreno ao lado da igreja existia um matagal de dar medo, mais a destemida Juju nos convenceu a aventurar, pois havia um pé de amora enorme que seria sua casa da arvore, que maravilha, uma corda pra subir em madeiras bem colocadas entre os galhos, lá cobertor virou parede, um lugar bem descontraído que as crianças da irmã Francisca curtiam como niguem, enquanto a mesma orava na tarde da benção, até que os adultos perceberam cadê as crianças, foram arrebatadas que nada estavam na casa da arvore que a filha do pastor inventou, desmancharam a casa, e foi o fim. Porem tínhamos outros planos, ou melhor a Ju sempre tinha uma novo plano, que tão brincar do lado de lá, tem cipó vamos ser Tarzan OOOOOO... isto é outra boa historia.





O tombo do Tarzan

Sim, como é te esperar, os dedos das mãos não são iguais, então seis filhos cada um é de um jeito, com a gente era bem assim, a Janice a mais velha, muito preocupada com os mais novos implorava pra gente não aprontar, era magrinha de grandes bochechas e muito delicada no modo de falar, Eu gostava de ver as aventura mais era bem medrosa pra elas, não me arriscava era bem ardilosa com as palavras, igualmente magra, um palito só, tagarela como ninguém, Juscelene era esperta, cheia de vida e muito aventureira não importava de correr riscos, mais corajosa que muito meninos, mandava e brigava com o mundo, engraçada a mais magra de todas as magras, o Jonathas fugia a regra, era gordinho e valentão, mais quando chorava desesperava todos ao redor, admirava a Ju e queria sapecar também, o Jessé, sempre calado e muito inteligente se envolvia nas brincadeiras sem falar um a, as vezes sumia dentro da pequena casa com suas experiências mirabolantes, a Janete era um bebê fofinho e manhoso, que queria estar no movimento se não levasse ela, gritava até chamar atenção dos adultos. Quando a Ju decidiu que ia atravessar o matagal no cipó, a responsável Janice implorou não vai Ju! E todo e restante gritava vai Ju! Eu colocava pilha na Ju mais não pularia de jeito nenhum, pronta a sapeca menina se enrolou no cipó e se foi gritando OOOOOOO... Chegou lá em baixo Sá e salva, muito eufórica falava DOIDEIRA, meu irmão o único gordinho se inspirou pegou o cipó e OOOOOO Tum, caiu no meio do bambuzal que tinha sido cortado á poucos dias, que aflição a Janice branca como uma cera chama a mãe, Jonathas vai pro hospital com a cabeça sangrando, graças a Deus só alguns pontos,Jonathas volta com o papai, com seu o engraçado boné verde do tio patinhas e tadinho carequinha. È nem tudo que um consegue sem arranhão, deve ser imitado!


Nossa primeiro emprego
As brincadeiras brandas ficavam por conta da Janice, um dia a mamãe trouxe um monte de papel pra rascunho que uma empresa mandou, porem poucas estavam realmente boas e o refugo ficou numa caixa no canto da sala, a Janice gostava de brincar de escritório, nos arrumávamos com as roupas e sapatos da mãe pra trabalhar na empresa da Nips, a copa que tem até hoje a mesma mesa de 6 cadeiras era nosso escritório ricamente decorado com nossos livros escolares potinhos de caneta e a calculadora do papai e neste dia ela pegou aquela papelada e falou como uma chefe executiva, vamos produzir uma revista de moda, eu que tinha facilidade pra desenhar ia desenhar os modelos a Ju ia fotografar (a máquina era uma caixinha de metal da mamãe) a Nips escrever e assim nasceu nossa revista fictícia, a Moda Brasil, as modelos que vestiam as roupas da minha mãe que eu ajeitava no corpo, era a Ana Paula e Aline da Francisca, o cafezinho do escritório era igualmente fictício,pois era água os salgadinhos, macarrão cru, e assim ficamos brincando de revistas por muitos dias até enjoar, ai outra brincadeira precisava ser inventada, que tal viajar...

Imagine

Em nossas viagens o motorista era o Jonathas e o Jesse os carros eram uma raridade, invisíveis só víamos o volante (tampas de panelas) e corríamos em fila pelos cômodos da casa, em que cada um era uma cidade famosa fomos a Paris, Nova Iorque, São Paulo e muitas outras. A mamãe ficava meio tonta com a correria até que chegava naquele ponto, para com isso meus filhos, ai o jeito era parar...


Um fim trágico
Na copa do mundo de 90, queríamos que o Brasil fosse campeão de qualquer jeito, nos jogos a galera da igreja ia pra nossa casa e nós vibrávamos, eu sempre gostei de futebol e queria aprender o que era impedimento, pênalti, escanteio e etc. porem minha irmã a Ju via o jogo da seleção porque se apaixonou pelo técnico Sebastião Lazaroni (cá pra nos que nome de macarrão), como a seleção ia mal das pernas naquele tempo, meu pai e os meninos da igreja falavam mal do técnico como a torcida faz até hoje, a Ju defendia ele, com toda a força, mais quando a seleção foi eliminada, a reação dela foi surpreendente ele pegou seu cachorrinho de pelúcia snopy a quem deu o nome carinhoso de Lazaroni e pendurou o pobre com uma corda pelo pescoço e falou com a gente pronto prendi o Lazaroni, todos podem espancar ele na sala, foi uma farra o Lazaroni levou chinelada, soco, tapa e até vassourada e assim estourou, espalhando mil bolinhas de isopor pela casa, assim a Ju demonstrou o fim de seu romance platônico e nós às gargalhadas descontamos toda fúria pela perda do titulo...

Judy a justiceira mirim
Ser filha de pastor no interior na década de 80, era meio desgastante, éramos herege, filhas do Tim Tones, passava a sacolinha, filhas do pastor alemão entre outros elogios pejorativos, havia uma menina que gritava pra gente, oi crentes da bunda quente e a ju respondia. Oi católica da bunda torta, sei é um absurdo, ainda bem que isto melhorou e a tolerância existe, mais a menina continuava irritando a gente até que um dia a Ju cansou do discurso da Janice que era o tal “não liga”, e o meu recurso de sair chorando envergonhada este a Ju nunca usou, pegou a menina de jeito e empurrou na grama, puxou o lindo cabelo, e falou que se falasse de nos de novo, que as três vão bater em você, é chato reconhecer que naquela altura isto foi uma solução pois menina não mexeu com a gente mais, pois se a menor bateu daquele jeito imagine as três...
Uma aventura
No tempo de verão nossa casa de telha de amianto parecia um forno, minha mãe acordava a gente no sábado bem cedo e assim começava a aventura mochila nas costas uns biscoitos e nada mais afinal a grana era curta íamos a pé pras cachoeiras do córrego do Bação, um distrito da cidade de Itabirito onde morávamos, que delicia aquelas águas refrescantes a mamãe ensinado a gente a nadar, lá tinha a melhor hidromassagem, gente queria que o tempo não passasse mais chegava a hora de ir embora, que pena, uma vez com o horário de verão voltávamos pra casa e o sol ainda estava quente, no caminho pedimos a mamãe água pois que levamos acabou, então avistamos o bar do boi, e lá uma moça mineirinha mesmo, estava debruçada no balcão a mãe perguntou se ela poderia arrumar água pra gente, mais a moça caindo de preguiça apenas mostrou a pia os copos e disse pode pegá, então a mãe pegou o liquido cristalino encheu o copo e mandou pra dentro, ops! que susto a filtro de louça tinha outro tipo de água a que passarinho não bebe a mãe enxaguou o copo viu o filtro de barro e ai se encontrou água pra gente beber e ela não falou nada a respeito do pingão, afinal ela não tinha grana pra pagar a dose, e voltou zonzinha pra casa.Que loucura...
Encontro com a pedra
Quando a igreja estava em construção, íamos brincar de amarelinha, a Janice sabia riscar uma amarelinha certinha, e estávamos jogando até que a Ju deixou a pedra dela cair na linha e não aceitou falou que tinha que jogar de novo, ora por mim ela jogava di novo, pois brigar com ela não era bom negocio, mais a Nips justiceira como sempre falou que regra é regra e que a vez da Ju tinha passado, como ela não levava desaforo pra casa falou bem brava, joguem vocês ai que eu vou fazer uma só pra mim, acontece que o talento pra desenhar com raiva a Ju não tinha e sua Amarelinha ficou toda torta, a Janice boazinha como sempre falou , há Ju esta ta toda feia brinca aqui com a gente, a Ju correu no tambor de água e apagou a amarelinha perfeita da Janice, que desenhou novamente com a mesma perfeição, brava da vida ela atirou uma pedra e pasmem a Janice com medo correu na mesma direção da pedra e , você já sabe, o rosto da Janice ficou ensangüentado e a Ju, desesperada já pensando no castigo, falou comigo, a Janice é mesmo tonta correu ao encontro da pedra, Josy tô frita..mais testemunhei em favor da Ju, o impossível realmente aconteceu, ao invés de fugir da pedra a Janice correu pra ela, porem o castigo foi inevitável, afinal quase que a Ming ficou cega, ainda bem não passou de um susto...
A piada da tia JU
Todo pai quer ver os filhos pegarem no sono rapidamente, hoje tenho meus filhos e sei como funciona, meu pai entrava bem bravo no quarto e sentenciava, Vou fechar esta porta e não quero ouvir nem um piu, ai quando ele ia fechando a porta se ouvia no quarto um sonoro PIU, era a Ju, e isto se repetia varias vezes até que íamos pra cama de poupança quente, não deletávamos a Ju, pois morríamos de rir...e hoje quando conto este caso pro meus filhos eles rindo dizem, Há gosto muito desta piada da tia Ju...
Um sonho de criança
O Jonathas meu irmão sempre gostou de bichinhos e sei que ele adoraria ter um gatinho ou um cãozinho. Porem o pai não queria bicho em casa de jeito nenhum, hoje que tenho filhos que também adoram cães, (temos dois em casa) vejo que não era apenas maldade é que criação de cachorros custa muito e meu pai tinha a árdua tarefa de criar seis filhos, sendo pastor de igreja numa época em que pastor passava aperto, pois construía com sacrifício a obra. Sendo assim vez por outra ele encontrava um gatinho na rua e levava pra casa, o que durava uns três dias até a mamãe convencer ele a dar pros outros, uma vez o gatinho ficou mais tempo ganhou até o nome de Xaninho que ele mesmo colocou, O Jessé ficou tão enciumado que foi passar a mão no Chitão (cachorro do dono da casa que a gente morava, que ficava no canil, perto da garagem usados pelo dono)e como ele não era dono dele, o cachorro avançou no James, que peninha que deu, o gatinho foi doado pra Tia Francisca da igreja e o Jessé teve seu companheiro de aventuras de volta o Jonathas, que quando pequenos era uma dupla unida, O gordo e o magro, mais tarde seriam chamados de Timão e Pumba, hoje homens casados, O Jonathas tem uma cachorra a Lola em casa e o Jessé tem uma gata fofinha chamada Lindinha...
Ps. Infelizmente a Lola morreu...
Uma fraqueza
Minha arma secreta na infância era manipular as verdades, a fim de fugir do coro sempre, nesta filosofia, idéia fixa de não apanhar eu mentia muito, e quando meus irmãos me irritavam eu não tentava bater neles, eu era muito fraca, simplesmente armava um plano pro pai pegar eles de jeito, como de costume eu e a Ju estávamos assustando a Piu pra ela amar a gente, ficar no nosso colo e gostar de nos igual gostava da NINI, então o plano era este, a Ju ia ficar com um lençol branco com a cara pintada de branco ( pasta de dente) no quarto a Piu ia ficar assustada e eu ia defender ela, no outro dia eu me vestiria de assombração e a Ju ia ser a heroína da vez, porem algo deu errado, o pai que não era de sair do seu quarto, saiu, a mãe estava com a Janice na Igreja e os meninos jogando na casa do Daniel, quando o meu pai viu a Ju fantasiada daquele jeito, pra não eu apanhar eu disse que a Ju tava brincando de carnaval, que horror não acredito que fiz aquilo com ela deixei ele ser castigada sozinha, pois meu medo de apanhar era doentio, me doía o dobro, mais a Ju arrumou um jeito de se vingar, eu tinha um vestido rosa com botões quadrados prateados bem anos 80, que era novo, uma raridade pois a maioria das nossas roupas eram ganhadas de outras pessoas, a Ju jogou tinta a óleo verde nele e o dobrou de novo na gaveta, no domingo quando fui pegar ele pra ir na igreja, estava todo manchado, chorei horrores e ela ainda me prometeu, isto é só o começo...e foi.


A justa vingança
Como eu estava gerando nos meninos uma aversão total, pois a minha defesa prejudicava todos eles aconteceu algo que muita gente duvida, mais quem viveu jamais esquecerá, minha mãe e meu pai foram com a Janice para um culto nas casas, eu fiquei tomando conta dos pequenos, falei pro Jonathas e o Jesse arrumarei o quarto deles, e incrivelmente eles arrumaram sem questionar, quando entrei no quarto, uma mão me pegou pelo pé era a Piu,e os outros me imobilizaram e me amarraram na cama com as gravatas do meu pai, este culto era num arraial na casa da dona Flora, quando o pai ia pregar lá demorava demais pensei, estou morta,eles me batiam, com chinelos nas pernas na barriga e falavam que eu ia pagar por tudo que eu armei,amordaçaram minha boca com o lenço da mamãe, ai eu vi, o que eu plantei, com muito custo me livrei da mordaça e comecei a gritar a vizinha a falecida Tia Joana foi até a porta mais a Ju atendeu a porta com os meninos todos arrumadinhos e falou que eu estava neurótica mais que não tava acontecendo nada, ela foi tão convincente que a vizinha se foi, então gritar não adiantava, conseguir arrebentar uma das gravatas enquanto fiquei sozinha no quarto, afinal eles já estavam cansados de me bater, me soltei e sai do quarto disse que ia contar tudo pro pai a Ju, me falava conta mesmo...meus pais chegaram e eu comecei o dramalhão, porem enquanto eu contava meu perrengue meu pai falou que mentirosa você é, imagina se umas crianças tão pequenas iam fazem isto, então eu falei “posso provar”, uma gravata sua pai foi estragada, procurava a tão gravata e nada, não achava nada, meu pai me mandou pra cozinha e me pôs de castigo. Levei umas palmadas e falei a pior frase da minha vida, chorando e soluçando eu disse, sempre que eu minto o Senhor acredita hoje que eu falo a verdade o Senhor não acredita, pra que, mais umas palmadas... Então perguntei a Ju onde estava a prova a gravata rasgada bem cínica e com muito deboche ele me disse destruímos queimamos lá no mato e enterramos ninguém vai achar... Mais então eu fui ao quarto e falei com o pai “chegue de surpresa que o Senhor vai os ouvir confessarem que isto realmente aconteceu”, o único fio solto que a Ju deixou foi à vaidade, ela ficou me contando como eles planejaram meu castigo o pai ouviu e castigou eles, porem a Ju nem ligou pois naquele dia ela conseguiu fazer com que eu confessasse que era mentirosa depois disto...digamos que eu apanhei junto...agora meus planinhos não colavam mais.

Conclusão ou não?
Diante destas historias todas me pergunto se somos uma família normal, se durante nossa infância desenvolvemos traumas que nos seguiriam para sempre, me arrependo das minhas mentiras, mais sempre questiono o que me levou a mentir, talvez a ausência de meus pais, a insegurança que me perseguiu por anos, fazendo eu me reafirmar sempre diante das pessoas, o fato de falar tanto, me mostra que houve um tempo que minha voz não era ouvida, meu aniversario esquecido e coisas do dia a dia não aconteciam com a gente, as melhores coisas da minha infância são estas historias, meus irmãos queridos que riam e choravam comigo, minha adolescência o coral e a coreografia da igreja, as musicas que o Muniz trazia em cada vinil, expandindo meus horizontes, a fé que encontrei enquanto estava perdida na minha revolta, não se aceitar é o grande Drama, e se conhecer uma grande dádiva, o auto conhecimento liberta, os fantasmas aprisionado a muito na alma,e ajuda a ver a vida como mais leveza, o que passou, passou, mais o que marcou, marca pra sempre, viver olhando as próprias cicatrizes sem sentir pena, um desafio, que é preciso pra vier em paz...

Reflexões sobre o amor
O que é preciso pra viver um grande amor? Sempre quis casar e ter filhos, quando criança achava que marido era quem pagava as contas e te beijava de chamado de linda... Isto me toca muito pois sempre vi meu pai dar um beijo carinhoso em minha mãe. Assim queria um casamento parecido com o deles, naquele tempo criança não sabia de nada, era só criança, meu plano era casar com alguém 10 anos mais velho (Como minha mãe), que me levou a suspirar pelos jovens mais velhos da igreja, ai a ficha caiu, todos tinham namoradas, ai a paixonite foi pra um garoto da minha idade que queria ser meu cunhado, é ele gostava da Janice, o dia que percebi isto paguei o maior mico, dei um tapa na cara da pobre Janice de mão cheia, e ela não entendeu nada, o garoto ainda ficou consolando ela e eu passei por louca, lógico que esta historia de amor não deu certo, até porque, contar isto pros filhos seria humilhante, meu grande amor veio de onde eu não esperava, não era da minha cidade, não era da igreja, nem muito mais velho que eu, é viver um grande amor é esperar acontecer, é não prever nada é se abrir pra novidade que é a vida. Descobri também que é decisão, a paixão é que domina a gente sem razão, o amor é racional, se entrega por que quer, e não por que foi arrastado. Estar junto por livre e espontânea vontade, e não porque não pode se dominar. Tenho um grande amor...que escolhi pra toda a vida, e encontrei numa vitrine inesperada...comprei com meu afeto e anos de dedicação...lucrei a fidelidade e a confiança que mesmo na distancia não pode corromper ...


Joseane Boalento 02/março/2012

segunda-feira, 5 de março de 2012

Diario de lembranças

Diário das lembranças

Resolvi fazer um diário das minhas lembranças hoje vou me lembrar do dia em que desejei ser minha irmã, antes pra você entender por que tanto queria ser ela vou falar sobre ela, talentosa uma artista de letra muito bonita, não fala alto e tem uma linda risada, nem um pouco escandalosa toca um violão bem afinado na sala de casa e todos nos a rodeamos, é a melhor hora quando a ouvimos cantar, também é amada pela vovó por ser tão educada, os rapazes já olham pra ela que tem corpo violão incluído minha paixonite aguda, sou mais nova e queria ser mais velha, só pra ser ela. Opa não é inveja é admiração custei a entender, mais hoje eu sei Nips amo vc...


O dia em que eu e a Judy inventamos a Gilda, vou muito engraçado, nossa irmã caçula (a Piu) só queria ficar no colo da Janice, ela tinha 3 anos muito lindinha, clarinha com uma boquinha de peixe ( Que tem até Hoje kkkk) eu e a Juju queríamos brincar com ela mais a garotinha só queria saber de chamar a NINI, então pensamos vamos salvar ela de um perigo ai ela vai ficar com a gente, Que perigo íamos armar pra doce Janetinha? Pela janela da casa avisto uma coisa assombrosa uma velhilha bem velhinha de cabelos longos lisos e brancos, magrela que morava na esquina e estava na janela, pronto ela seria a bruxa GILLLDAAAA que estava a fim de pegar a menina mais linda da casa, a Janetinha corria pra gente nos a abraçávamos a beijamos e falávamos, não tenha medo Janetinha a GILLLDA não vai te pegar nos te protegeremos. E um absurdo mais fizemos isto por amor.





Na escola inventaram de fazer um concurso de calouros, eu cantava um pouco bem, e queria brilhar no tal concurso, só que lá tinha que cantar a tal musica popular que pra mim era meio desconhecida, cantava musica só da igreja, mais ganhar o concurso ia melhorar minha vida na escola, pensava eu, pois filha de pastor na década de 80, era um sofrimento, muita critica e desprezo, comecei a decorar uma musica que tocava num programa de televisão da Band, (Globo na minha casa, nem pensar KKK), me inscrevi e tava tudo no esquema, uma professora vestida de relogio, a quem chamavam de chacrinha, que horror quem é ele? Dirigia a festa ao microfone, este pra mim não era novidade, estava segura a menina que cantou antes, coitada levou uma buzinada na cara e um abacaxi de consolo, pensei meu troféu vai ser dourado, estava lá, a filha do pastor cantando a musiqueta do ZYbem bom, afinadinha um primor até ver na platéia meu algoz, que ironicamente se chamava Davi, dizendo as fatídicas palavras, VOU CONTAR PRO SEU PAI, zummmmmm, a buzinada me acordou do transe, ganhei o abacaxi, que tem de presente pro tal Davi e implorei:__ Não conta por favor, ele esperto disse é só você fazer meu dever até o final do ano, fui indo não agüentem e contei a verdade pra mamãe, que alivio, depois disso fiz teatro na escola com a permissão dos meus pais.


Havia uma irmã na igreja que se chamava Maria, tinha 5 meninas e seu esposo trabalhava a noite, se vez em sempre, eu i minhas irmãs íamos pra casa dela, lá desfilávamos, jantávamos em um restaurante fino, que servia a sopa mais deliciosa e rara de todos os tempos, cantávamos no coral, dançamos na igreja e sinceramente dá vontade de voltar no tempo te tal gostoso que era, valeu Dona Maria, por todo amor que sempre demonstrou com a gente, Adriana, Andréia, Andreza,Danielle e Débora amo vocês.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Como é bom louvar, adorar ao Senhor...

Meu desafio

Concerteza, meu desafio é adorar a Deus, com minha vida num todo, ainda hoje quando na correria de colocar filhos na escola, conferindo tarefas, mochilas etc, a irritação vem querendo tomar conta mais peraí... A biblia diz: tudo quanto fizerdes faça para o Senhor...Então minhas tarefas mais corriqueiras, no momento que decidi adorar a Deus crendo que Ele é o autor da vida, devem ser executadas com amor, na calma, na paz.

Porem não me atrevo a dizer que consigo isto sempre adorar nas minha rotina diaria, mais estou buscando cada dia alcançar esta graça( sim graça favor imerecido, pois me tornar uma verdadeira adoradora por minha propia conta não dá) que o Espirito Santo de Deus me incomode sempre a querer adora-lo com minha vida, força e coração...

Josy boalento